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Porque as imagens valem como as palavras, elas não deixam de ter sentido. Dão-lhes o tempero, outros sabores e cores. E são cúmplices em encontros que não reclamam mas anseiam, satisfazendo apetites que em si transportam latentes.
As coisas ás vezes não se planeiam. Acontecem por si. Os caminhos cruzam-se entre paisagens de palavras, sons, imagens, cheiros e gestos. Os protagonistas foram as Palavras e as Imagens. Num encontro perfeito. Quase esperado. Nos dois a vontade latente de conversas em silêncio. Com as palavras que nascem da terra e sobem ao céu enroladas em árvores a espreitar precipícios que correm para o mar. Do Paulo veio o olhar. O olhar atento, desperto. Um olhar d’alma, limpo e transparente. Da Rosa Maria, a escrita simples, sentida, que lhe escorrega dos dedos, vinda não sabe de onde, em ânsias de liberdade. Fizeram-se cúmplices neste encontro. Consideram-se culpados.
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