
terça-feira
segunda-feira
Acerca da exposição
As imagens são o que são; as palavras também. A poesia, a pintura, a fotografia partem ou acabam de/em emoções. À partida são os sentimentos ou eventualmente um estado de inquietude que desencadeiam a obra, o percurso apela necessariamente ao conhecimento plástico à atitude estética, o ponto de chegada na maioria das vezes permanece como uma miragem, não por ser irreal pois é sentido e constatado, mas principalmente por ser provisório. È no entretanto, no momento contemplativo, que acontece a poesia, ela própria muitas vezes já em curso ou pelo menos latente. A expressão concretiza-se pelo texto, o texto estreita-se no contexto imagético ao mesmo tempo que dele faz parte integrante ou por vezes preservando a sua exterioridade como se de um acetato sobreposto se tratasse.
O espaço comunicacional contemporâneo é multifacetado, com uma esmagadora predominância de imagens e texto em movimento, imagens que narram e texto que ilustra e vice-versa. Na procura de novos significantes, recorrendo a ritmos novos, cadências aceleradas, deliberadamente efémeras, as manifestações artísticas actuais, no espaço público hiper mediático ganham uma nova presença quando se deixam parar e expor à contemplação. Ao assumir esta atitude pretende-se, num movimento de síntese, sublinhar uma espantosa contemporaneidade que uma vez captada na tela (ou no papel) nos dá espaço/tempo para a reflexão. Não se trata tanto de banir o ritmo, a cadência, a dinâmica ou sequer a sonoridade; estes elementos permanecem, evidentemente como produto de síntese, em potência e mutuamente potenciados pela palavra impressa, pela imagem e pela palavra-imagem.
Nota crítica de Paulo Lucas
O espaço comunicacional contemporâneo é multifacetado, com uma esmagadora predominância de imagens e texto em movimento, imagens que narram e texto que ilustra e vice-versa. Na procura de novos significantes, recorrendo a ritmos novos, cadências aceleradas, deliberadamente efémeras, as manifestações artísticas actuais, no espaço público hiper mediático ganham uma nova presença quando se deixam parar e expor à contemplação. Ao assumir esta atitude pretende-se, num movimento de síntese, sublinhar uma espantosa contemporaneidade que uma vez captada na tela (ou no papel) nos dá espaço/tempo para a reflexão. Não se trata tanto de banir o ritmo, a cadência, a dinâmica ou sequer a sonoridade; estes elementos permanecem, evidentemente como produto de síntese, em potência e mutuamente potenciados pela palavra impressa, pela imagem e pela palavra-imagem.
Nota crítica de Paulo Lucas
sexta-feira
A exposição
Palavra e imagem
O livro pré-moderno é eminentemente heterogéneo, não há texto sem iluminura ou cercadura. Palavra e imagem comungam do mesmo espaço de visibilidade, partilhando o sistema significante e interagindo na construção de significado.
A descoberta da imprensa e a emergência do livro moderno operou uma separação entre estes dois campos, autonomizando a palavra e homogeneizando o texto, que se impõe como soberano no espaço comunicacional e relega a imagem para uma plano secundário, exterior à textualidade e dependente desta.
O sistema hiper mediático vem revitalizar esta relação, lançando um sistema significante multifacetado, feito de entrelaçamentos de várias linguagens, nenhuma das quais determinante em relação às outras. Texto e imagem ocupam agora dois campos autónomos, no sentido de que nenhum é subjugado ao outro, mas interagem profundamente, num enriquecimento do campo comunicacional anteriormente impossível, quer pelo enriquecimento individual de cada um (de notar que a imagem num ambiente electrónico reveste-se de todo um mundo de novas potencialidades, quantitativas e qualitativas, que o papel não oferecia, nomeadamente a possibilidade de introdução de movimento através de trechos de vídeo) quer pelo uso em conjunto das duas áreas comunicacionais.
Rute F. Araújo; in http://www.citi.pt/estudos_multi/rute_araujo/texto_imagem.html
A descoberta da imprensa e a emergência do livro moderno operou uma separação entre estes dois campos, autonomizando a palavra e homogeneizando o texto, que se impõe como soberano no espaço comunicacional e relega a imagem para uma plano secundário, exterior à textualidade e dependente desta.
O sistema hiper mediático vem revitalizar esta relação, lançando um sistema significante multifacetado, feito de entrelaçamentos de várias linguagens, nenhuma das quais determinante em relação às outras. Texto e imagem ocupam agora dois campos autónomos, no sentido de que nenhum é subjugado ao outro, mas interagem profundamente, num enriquecimento do campo comunicacional anteriormente impossível, quer pelo enriquecimento individual de cada um (de notar que a imagem num ambiente electrónico reveste-se de todo um mundo de novas potencialidades, quantitativas e qualitativas, que o papel não oferecia, nomeadamente a possibilidade de introdução de movimento através de trechos de vídeo) quer pelo uso em conjunto das duas áreas comunicacionais.
Rute F. Araújo; in http://www.citi.pt/estudos_multi/rute_araujo/texto_imagem.html
domingo
Espero que passes
segunda-feira
Metade
Mostro metade de mim.
E sei-me inteiro.
E sou ainda o que não mostro.
Tantas vezes o que escondo!
Fotografia de Paulo Pereira
Texto de Rosa Maria Ribeiro
Leio-te
Faltas-me
Terra Mãe
Suspeito-te
Suspeito-te. E quase te adivinho.
Pela força dum querer que não imaginava em mim.
Fotografia de Paulo Pereira
Texto de Rosa Maria Ribeiro
Refúgio
80x120cm
Deposito em ti meus anseios.
Não sei doutros refúgios, conheço só teus caminhos
Não sei doutros refúgios, conheço só teus caminhos
Fotografia de: Paulo Pereira
Texto de: Rosa Maria Ribeiro
Gritar-te-ei!
Gritar-te-ei, mesmo sem voz.
Porque existes, mesmo sem corpo.
Nas memórias que construíste em mim.
Fotografia de: Paulo Pereira
Texto de: Rosa Maria Ribeiro
Como em Barco
Como em barco sem remos,
deixo-me ir á deriva nos pensamentos
que nascem por ti.
Sabem-me a tardes frescas
em tempos de calor.
Assim sacio a sede que te tenho.
Fotografia de: Paulo Pereira
Texto de: Rosa Maria Ribeiro
Dentro de mim
80x120cm
Dentro de mim, guardo medos
guardo sombras.
Escondo-os com mil cuidados,
para que não os guardes também.
Fotografia de: Paulo Pereira
Texto de: Rosa Maria Ribeiro
Abraço
Abraça-me de olhos fechados. Guarda-me na memória dos sentidos"
Fotografia de: Paulo Pereira
Texto de : Rosa Maria Ribeiro
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